sábado, 22 de agosto de 2009

Hard to be Happy

"The reason people find it so hard to be happy is that they always see the past better than it was, the present worse than it is, and the future less resolved than it will be"

Marcel Pagnol
(mas copiado da V.)

Funny...

"Funny the way it is, not right or wrong…
Somebody's heart is broken and it becomes your favorite song"

Dave Mathews Band

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Raul Solnado - 1929 - 2009

E porque toda a comunicação social já disse e repetiu tudo o que havia para dizer fazendo como sempre o assunto se tornar banal e enjoativo, seleccionei os textos que me tocaram mais (pelo menos até agora). Pequenos excertos dos textos completos que podem ser lidos nos blogs dos próprios.

Bruno Nogueira – 1929 - ? - http://corpodormente.blogspot.com/

Já foi dito tudo o que havia para dizer sobre a partida do nosso querido Raul Solnado.Deixou uma herança do tamanho de Portugal, e essa ninguém nos tira. (...)
Teve, quanto a mim, como trunfo maior a inteligência com que construiu a sua carreira, coisa que muito ele estimava. O Raul soube construir uma carreira com todas as peças no sítio certo, cuidadosamente estudadas para não ruírem ao mínimo tremor. E a par disso era um homem de peito cheio, com o sentido de dever cumprido no assunto: "aproveitar a vida". Tinha a simpatia de uma criança desenhada no rosto, que desarmava quem quer que fosse.E uma modernidade que fez com que todas as suas imagens de arquivo sejam ainda hoje momentos de frescura cómica. (...)
Quero ir mais para os clichés que se usam nestas alturas, mas ficarei para sempre com a memória de no último dia de gravações o Raul ter-me chamado e ao nosso realizador e ter dito: "Hoje foi a última vez que fiz televisão, já não tenho mais forças. Obrigado por estes momentos."

A frase que Raul queria no seu epitáfio é de uma grandiosidade exemplar:"Aqui jaz Raul Solnado, muito contra a sua vontade".
Sublime.


Nuno Markl - O Divino Comediante - http://havidaemmarkl.blogs.sapo.pt/

Raul Solnado não gostava de homenagens lamechas.
Enclausurado num corpo demasiado frágil e debilitado para a imensa força criativa e o endiabrado humorista que ainda vibrava dentro do actor, o Raul continuava a ter ideias delirantes e a contar histórias com um timing à prova de idade. (...)
Trabalhar com ele, mesmo desta forma fugaz, foi um privilégio raro - de repente ali estávamos, em brainstorms com um ícone, um revolucionário cómico que não só foi o genuíno pioneiro do stand-up nacional, como colocou as pedras basilares de um novo humor. O material que visionámos dele, em programas como o histórico Zip Zip, O Resto São Cantigas ou mesmo na injustamente esquecida sitcom Lá em Casa Tudo Bem, mostram um cómico transversal, capaz de fazer rir os mais diversos tipos de público com a mesma piada. (…)
O Raul já não vai poder assistir à estreia d'As Divinas Comédias, a não ser que a RTP chegue lá acima (alguém devia tratar de aumentar a potência dos satélites da RTP Internacional, que ele merece). (…) Em Setembro tínhamos nova reunião marcada com ele para o programa de homena... Peço desculpa, Raul - para o programa sobre a vida e a obra do artista. Ainda custa a acreditar que ele já não cá esteja. Se o programa for para a frente, Raul, vamos ter em conta as indicações cá deixadas. Nada de lamechices. Seja.

O país fica incompleto sem Raul Solnado. É como se se perdesse uma peça fundamental do puzzle que é Portugal. Quem nos vai agora pedir o favor de sermos felizes?

domingo, 16 de agosto de 2009

Em Portugal...

Em Portugal as mulheres são mais bonitas, os taxistas mais educados, os crimes menos hediondos. Em Portugal os homens são mais charmosos, a polícia mais tolerante, o jornalismo mais sério. Em Portugal, os cheques têm mais cobertura, a justiça é mais firme, os professores mais respeitados. Em Portugal, a comida sabe sempre à da nossa mãe, os árbitros são menos corruptos, as telenovelas menos mexicanas. Em Portugal a realeza é menos dispendiosa, os rios menos poluídos, as reformas mais justas. Em Portugal, o calor é mais suave, os condutores mais civilizados, os carteiristas mais educados.

Em Portugal o futebol não é assim tão importante, as rixas são menos fatais e os vizinhos mais cooperantes. A gasolina é mais barata, o petróleo não nos domina, as ambulâncias são mais rápidas. Em Portugal as listas de espera não existem, os hotéis deixam-nos dormir até tarde, na praia a bandeira está sempre verde.

Em Portugal a máfia não existe, as ruas são mais seguras, os políticos mais sérios. Em Portugal não há má-língua, os bordeis são mais asseados, as prostitutas mais finas. Em Portugal os impostos são mais baixos, os prémios mais altos, os natais mais felizes. Em Portugal o sucesso é menos efémero, o fado tem mais alma, os domingos são menos tristes. Em Portugal o peixe é mais fresco, a carne é mais tenra, a vizinha do lado mais prazenteira.

Em Portugal , as beatas são menos fundamentalistas, os santos mais puros, os pecados menos graves. Em Portugal, as férias de verão são maiores, as saias mais curtas, a água mais quente. Em Portugal a noite é mais longa, os dias mais claros, os bifes mais bem passados por favor. Em Portugal os semáforos são mais lestos, os vinhos mais castos, os vendedores mais honestos. Em Portugal a inveja não vende, o amor não se rende, a infidelidade é uma invenção que desconhecemos.

Em Portugal, como se vê, é possível escrever tudo o que se quisermos e mentir impunemente num texto como este.

Fernando Alvim no blog "Espero bem que não"

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Snapshots...

The shutter is clicked. The flash goes off and we’ve stopped time, as if just for the blink on an eye.

If these pictures have anything important to say to future generations it’s this:

I was here. I existed. I was young, I was happy and someone cared enough about me in this world to take my picture.